Logos

Logos (do grego λόγος) é um termo filosófico e teológico multifacetado, que significa "palavra", "razão", "discurso", "princípio" ou "sentido". 

Sua importância se estende desde a filosofia grega antiga até a teologia cristã [5]. Na filosofia grega, Heráclito (século VI a.C.) utilizou o conceito de Logos para descrever a razão universal que governa o cosmos, uma lei subjacente que ordena e dá significado a todas as coisas. 

Os estoicos, posteriormente, desenvolveram o Logos como um princípio racional e espiritual ativo que permeia toda a realidade, identificando-o com a providência, a natureza e até mesmo Deus. 

Na teologia cristã, o Logos assume um significado central, especialmente no Evangelho de João, que começa com a famosa declaração: "No princípio era o Verbo [Logos], e o Verbo [Logos] estava com Deus, e o Verbo [Logos] era Deus" (João 1:1).

 Aqui, Jesus Cristo é identificado como o Logos encarnado, a Palavra de Deus que se fez carne. 

Essa identificação de Jesus com o Logos baseia-se em conceitos do Antigo Testamento, como a "Palavra do Senhor" que denotava a atividade e o poder de Deus, e a sabedoria divina como agente criador.

Ressignificação Protestante: 

Para a teologia protestante, o Logos é fundamental para a compreensão da divindade de Jesus Cristo e de Sua função na criação e na redenção

Jesus não é apenas um profeta ou um mestre, mas o próprio Verbo de Deus, a expressão máxima da razão e da vontade divina. 

Ele é o princípio divino ativo na criação, na estruturação contínua do cosmos e na revelação do plano divino de salvação à humanidade. 

A centralidade do Logos em Cristo reforça a autoridade das Escrituras como a Palavra de Deus revelada e a importância da pregação do Evangelho como a proclamação do Logos vivo. 

A fé protestante, ao enfatizar a centralidade de Cristo, reconhece Nele o Logos eterno que dá sentido e propósito a toda a existência.

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