A Salvação de Deus: A Lei e a Graça

a salvação de Deus: a lei e a graça

A Lei, segundo a Escritura, é apresentada como uma instrução paterna de Deus, destinada a guiar o homem nos caminhos que levam à felicidade prometida e a afastá-lo dos caminhos do mal. 

Este conceito fundamental é enriquecido por uma reflexão profunda sobre a razão e a finalidade das leis no contexto divino e humano.

O que é a Lei segundo a razão?

“A lei é uma ordenação da razão para o bem comum, promulgada por aquele a quem cabe o governo da comunidade.” 

Esta definição ressalta o caráter racional da lei, que não é arbitrária, mas fundamentada em princípios que visam ao bem de todos. 

A razão desempenha um papel essencial ao alinhar as diretrizes divinas com as necessidades humanas.

Cristo, como a finalidade da lei, eleva este entendimento a um plano superior. Ele não apenas ensina, mas também concede a verdadeira justiça de Deus. 

Somente em Cristo se encontra a plenitude da Lei.

A Lei Natural: Participação na Sabedoria Divina

A lei natural é descrita como uma participação na sabedoria e na bondade de Deus. 

Por ser o homem formado à imagem do Criador, a lei natural reflete a dignidade humana e estabelece a base para os direitos e deveres fundamentais. 

Ela é imutável e permanente através da história, fornecendo um alicerce essencial para as regras morais e para a lei civil.

Características da Lei Natural

  • Imutabilidade: As verdades da lei natural não mudam com o tempo ou as culturas.

  • Universalidade: Aplicável a todos os homens, independentemente de religião ou nacionalidade.

  • Base moral: Fundamentação para a moralidade e legislações humanas.

A lei natural expressa verdades que a razão humana pode compreender, mas que Deus também revelou para iluminar aqueles que não conseguiam discerni-las sozinhos.

A Antiga Lei: Preparando o Caminho para o Evangelho

a salvação de Deus a lei e a graça

A Antiga Lei, também conhecida como a Lei de Moisés, representa o primeiro estágio da Lei revelada.

Suas prescrições morais encontram-se resumidas nos Dez Mandamentos

Esta lei continha diversas verdades acessíveis à razão, mas que foram reveladas para superar as limitações humanas na compreensão das verdades divinas.

Propósito da Antiga Lei

  • Guia moral: Ensinar os princípios fundamentais do certo e do errado.

  • Preparação para Cristo: Servir como uma etapa intermediária rumo à plenitude revelada em Jesus.

  • Revelação divina: Apresentar a vontade de Deus de maneira clara e acessível.

A Antiga Lei é uma preparação para o Evangelho, destacando as promessas divinas e apontando para a vinda de Cristo, que traz a plenitude da Lei.

A Nova Lei: Graça e Liberdade em Cristo

A Nova Lei é descrita como a graça do Espírito Santo, recebida pela em Cristo e operando pela caridade

Este novo mandamento se expressa particularmente no Sermão da Montanha, onde Jesus apresenta as bem-aventuranças e os princípios da vida cristã.

Características da Nova Lei

  1. Lei de Amor: Fundamentada no amor a Deus e ao próximo.

  2. Lei de Graça: Concede a força para viver segundo os preceitos divinos através da graça dos sacramentos.

  3. Lei de Liberdade: Liberta o homem do pecado e da morte, conduzindo-o à vida eterna.

A Nova Lei não anula a Antiga Lei, mas a leva ao pleno cumprimento. 

Ela transforma a fonte das ações humanas, o coração, e introduz a dimensão do Reino dos Céus, apontando para a santidade e a felicidade eterna.

Os Conselhos Evangélicos

Além dos preceitos obrigatórios, a Nova Lei inclui os conselhos evangélicos, que favorecem de modo especial a santidade da Igreja. 

Esses conselhos, propostos por Jesus no Evangelho, convidam os fiéis a uma vida de entrega e perfeição espiritual.

Conclusão: A Lei como Caminho para a Felicidade

Segundo a Escritura, a Lei é mais do que um conjunto de regras; é uma instrução paternal de Deus que conduz à verdadeira felicidade. 

Seja pela lei natural, pela Antiga Lei ou pela Nova Lei, Deus revela Seu plano de amor e justiça para a humanidade. 

Em Cristo, todas as leis encontram seu cumprimento e sua plenitude, mostrando que a única forma de alcançar a justiça divina é por meio d’Ele.


Postar um comentário

0 Comentários